sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

E como se tivesse começado ontem termina mais um ano. E 2011 acena sorridente. Pena que os seus esforços são tolos. Meu coração está angustiado. Queria ficar quieta e distante de tudo. As explosões dos fogos, os sorrisos e abraços, os desejos de feliz ano novo parecem tão mediocres diante do que sinto.
Preciso de mais.
Quero mais.
Quero lealdade, honestidade, amor de verdade ... Sentir a brisa pura e fresca, o mar envolvente, a chuva fina, ver a lua no ceu, contar estrelas e saber que tudo vai da certo...
Mas ultimamente minhas convicções estão abaladas e minha esperança adormecida. Minha fé está guardada porque tenho medo de corrompê-la.
E olhe que sempre fui otimista!
Acredito na vida, mas estou desacreditada das pessoas.
Acho que não sei muito o que fazer. Talvez o erro seja meu.
Tomara que o ano novo traga oportunidades e que eu agarre-as com toda disposição que possa existir em mim. Que ele escancare um sorrisão e abra os braços me recebendo com alegria e me mostre que tudo tem jeito.  Que promova encontros deliciosos, que amizades sejam solidificadas e que carinhos e afagos sejam frequentes. Quero que ele me faça feliz, mas bem feliz, porque só serve assim!!!!!!!!!!!!

Já entendeu???
Parafraseando Clarice Linspector digo que sou composta por urgências: minhas alegrias são intensas; minhas tristezas, absolutas. Me entupo de ausências, me esvazio de excessos. Eu não caibo no estreito, eu só vivo nos extremos.
Encerro o ano confessando meus defeitos e assim torno-me mais uma vez refém do ano que começa.