segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

As flores de plástico não morrem...

    Mas também não perfumam a alma, não alegram o dia e não enfeitam a vida.
              Prefiro a fragilidade das flores naturais. 
                               Elas têm vida curta aos olhos, mas vida longa na lembrança ...                                                                                                                                            
Gosto muito do tempo. 
Como ele é sábio, eficaz e surpreendente. Ele é o método perfeito de aprendizagem da vida. 
Ele abranda o coração, mortifica a ira, enaltece o amor e faz permanecer o que é verdadeiro.  
O tempo coloca tudo no seu devido lugar.
Mas há um segredo em alcançar os seus resultados: suportar o silêncio.
Precisei suportar o silêncio do tempo.
Foi dificil! Não entendia porque o tempo não respondia aos meus apelos de socorro. Porque ele não trazia a tona quem eu realmente era. Porque ele nao me defendia.
E por imposição da vida e por minha educação cristã precisei conviver com a dor da culpa por ter errado, com a aceitação do preço a ser pago, mesmo que super valorizado pelo cobrador,e com a impossibilidade de reação. 
Até que um dia a consciência estava leve, o coração livre e eu senti divinamente o perdão.
Nesse momento acreditei que o tempo tinha cumprido seu papel. Estava enganada.  
Eu nem sabia que o tempo ainda trabalhava em meu favor.
No silêncio do tempo alguém me observava. E assim, conseguiu perceber que minha essência é nobre, que meu sentimento é puro, que minhas palavras são verdadeiras.   
Demorou, talvez! Na verdade não sei! Pode ser que o tempo tenha sido exatamente o determinado por Deus. O tempo preciso para curar as feridas, para renovar a esperança, alimentar a fé, conhecer a perseverança e receber o reconhecimento sem vaidade, mas com alegria.
Ufa!!!! Mais uma etapa foi vencida! 
Mas sei que o troféu ainda não é meu. 
A vida ainda me chama para percorrer o seu curso...


Começo o ano sendo surpreendida!