sábado, 28 de agosto de 2010

Lembrei dos tempos da faculdade quando uma colega de turma disse ter dormido com o livro  embaixo do travesseiro. Achava ela que assim aprenderia o conteudo, que por muitas vezes deu-nos bastante trabalho para assimilá-lo.  Isso já passou mas me fez pensar no que quero aprender a partir de agora.
Hoje não gostaria de reter teorias filosóficas, nem conceitos matemáticos. Descobri que não preciso da algebra para saber que nosso romance é uma icognita sem solução. E não adianta dizer que Freud explica. Cheguei sozinha as minhas próprias conclusões acerca disso. 
Quero as letras de outra maneira:  Uma chuva, com pingos em diversos formatos: 
               a                           p
                   M                E
                          O      D       
                              r
Nada formal.
Não quero regras gramaticais, não me interessa as concordâncias. Não faço analise sintática nem morfológica da vida.
Precisa mesmo é ser uma chuva densa, que chega sem avisar. E correr tentando abrigar-se? É impossível !! Quero daquelas que enxarca, que molha as roupas e lava a alma, que não há como não se despir dos medos, das frustrações, das incertezas. E assim tenho convicção que jamais ficarei espirrando "ses" pelo caminho, nem adoecerei pela umidade que faz mofar os sonhos. 
Todavia, quero letras soltas, dançando com o vento. Pingo por pingo. Não me vale mais as formas conhecidas, os significados já existentes. Preciso de novas ideias, ar puro, códigos diferentes... Quero grafar o mundo com minhas próprias letras, sejam elas tolas ou não.

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Jogando letras ao ar